domingo, 4 de dezembro de 2016

Passarinhada na Granja do Ipê

Passarinheiros na Granja do Ipê
Foto: Rogério de Castro
Em 04\12\2016 um grupo de aproximadamente 30 passarinheiros membros do OBSERVAVES realizaram uma visita à Granja do Ipê. Abaixo a lista das espécies, por ordem alfabética e nome popular, das aves registradas ( vistas ou ouvidas) durante a passarinhada.


A Granja do Ipê é uma ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico, uma unidade de conservação, administrada pelo IBRAM - Instituto Brasília Ambiental. Localizada nas Regiões Administrativas do Riacho Fundo e Núcleo Bandeirante, possui uma área de 1.143,82 ha. As fitofisionomias de cerrado existentes são: Mata de Galeria Inundável, Campos de Murundu, Campos Rupestres e Campos sujos.

Fonte: IBRAM

1 anu-preto
2 baiano
3 beija-flor-de-orelha-violeta
4 beija-flor-tesoura
5 beija-flor-vermelho
6 bem-te-vi
7 besourinho-de-bico-vermelho
8 bico-de-pimenta
9 bigodinho
10 canário-do-campo
11 carcará
12 chibum
13 cigarra-do-campo
14 coró-coró
15 corruíra-do-campo
16 coruja-buraqueira
17 flautim
18 fogo-apagou
19 garça-branca-grande
20 garrinchão-de-barriga
21 gavião-
22 gavião-caboclo
23 gavião-de-cauda-curta
24 golinho
25 guaracava-de-barriga-amarela
26 guaracava-de-topete-uniforme
27 inhambu-chororó
28 joão-bobo
29 papagaio-galego
30 pardal
31 patativa
32 peitica
33 perdiz
34 periquitão-maracanã
35 periquito-de-encontro-amarelo
36 pica-pau-do-campo
37 pica-pau-verde-barrado
38 pipira-da-taoca
39 pombão
40 primavera
41 rolinha-roxa
42 sabiá-barranco
43 sabiá-do-campo
44 saci
45 saí-andorinha
46 saíra-de-papo-preto
47 sanã-carijó
48 sanhacu-de-coleira
49 sanhaçu-de-fogo
50 seriema
51 socozinho
52 soldadinho
53 suiriri
54 tapaculo-de-colarinho
55 tempera-viola
56 tico-tico
57 tico-tico-do-campo
58 tiê-de-topete
59 tiziu
60 trinca-ferro-verdadeiro
61 tucanuçu
62 tuim
63 urubu-de-cabeça-preta

Foto: Clenia Luna

gavião-de-cauda-curta
Foto: Guilherme Carrano

tucanuçu
Foto: Guilherme Carrano

bigodinho
Foto: Guilherme Carrano

socozinho
Foto: Guilherme Carrano

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Passarinhando em Brasília - Beija-flor-vermelho

Nesse episódio, além de imagens belíssimas do colorido beija-flor-vermelho, podemos observar na prática como essas pequenas aves viram verdadeiros piscas-piscas com suas plumagens iridescentes.



Carlos e Arthur Goulart, pai e filho, apresentam de maneira original e espontânea em seu Canal do You Tube, as suas aventuras em busca das mais diversas aves que habitam os parques e áreas verdes de Brasília. O resultado são belíssimas fotos e imagens, além da oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o mundo da Observação de Aves em seus diversos aspectos.

sábado, 26 de novembro de 2016

Passarinhando em Brasília - caburé-acanelado

Na primeira corujada (passarinhada noturna) da série, imagens incríveis do caburé-acanelado, uma coruja difícil de ser encontrada e ainda pouco estudada.




Carlos e Arthur Goulart, pai e filho, apresentam de maneira original e espontânea em seu Canal do You Tube, as suas aventuras em busca das mais diversas aves que habitam os parques e áreas verdes de Brasília. O resultado são belíssimas fotos e imagens, além da oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o mundo da Observação de Aves em seus diversos aspectos.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Passarinhando em Brasília - Tucano-toco

Um enorme pau-balsa, em plena área urbana de Brasília, há 4 anos seguidos é o local ideal para a reprodução de um casal de tucanuçus. Veja nesse episódio imagens belíssimas da movimentação dos pais e filhotes.



Carlos e Arthur Goulart, pai e filho, apresentam de maneira original e espontânea em seu Canal do You Tube, as suas aventuras em busca das mais diversas aves que habitam os parques e áreas verdes de Brasília. O resultado são belíssimas fotos e imagens, além da oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o mundo da Observação de Aves em seus diversos aspectos.

sábado, 19 de novembro de 2016

Passarinhando em Brasília - Cumplices

Esse episódio apresenta trechos da entrevista que Carlos e Arthur deram à TV Justiça sobre a Observação de Aves.



Carlos e Arthur Goulart, pai e filho, apresentam de maneira original e espontânea em seu Canal do You Tube, as suas aventuras em busca das mais diversas aves que habitam os parques e áreas verdes de Brasília. O resultado são belíssimas fotos e imagens, além da oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o mundo da Observação de Aves em seus diversos aspectos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A Ecologia das Estradas

Você sabia que anualmente milhares de animais silvestres são vítimas de atropelamento nas estradas e rodovias brasileiras ?

Dentre os diversos impactos ambientais causados pela construção de rodovias em áreas naturais, destaca-se o atropelamento de animais silvestres. Por se tratar de um desafio global, vários estudos vêm sendo desenvolvidos principalmente na America do Norte e Europa e medidas mitigatórias contra o atropelamento de animais, como redutores de velocidade e passagens de fauna, vêm sendo criadas.

Esse campo de conhecimento e pesquisa é denominado Ecology Road, cuja tradução seria a Ecologia das Estradas.

No Brasil, país continental com uma extensa malha rodoviária e também detentor de rica biodiversidade, o índice de atropelamento de animais silvestres é preocupante, porém ainda pouco estudado. Áreas de proteção ambiental como Parques Nacionais, Reservas ambientais ou mesmo áreas particulares destinadas à preservação, como as RPPNs, reservas legais e APPs, quando cortadas ou margeadas por rodovias, estão sob o constante risco de ter a fauna ali residente suprimida pelos atropelamentos em áreas de travessia, além de outros impactos como a fragmentação das áreas naturais e das populações que ali habitam.

Estudos mostram que as aves\pássaros são os animais mais envolvidos nas colisões e atropelamentos em rodovias. Mesmo a sua capacidade de voo não impede a colisão com veículos transitando em alta velocidade.

A Ecologia das Estradas é portanto uma disciplina prioritária e de fundamental importância na conservação do patrimônio natural brasileiro. Através de seu desenvolvimento, novas pesquisas certamente irão contribuir para dimensionar o impacto ambiental causado pelas rodovias brasileiras, em suas diversas formas, e propor, de forma a complementar as alternativas já existentes, novas medidas e ações mitigatórias que possam reduzir os impactos na biodiversidade local e, principalmente, o alto índice de atropelamento de animais silvestres em áreas sensíveis. Não menos importante é o trabalho de conscientização da população e motoristas quanto a necessidade de redução da velocidade em estradas e rodovias para a preservação da vida.

Esse texto tem por objetivo introduzir o leitor à questão do atropelamento de animais silvestres e se possível conscientizá-lo sobre a importância da redução da velocidade em estradas e rodovias como medida importante para a preservação da vida natural. A sociedade civil também pode contribuir com redução do índice de atropelamento de animais em estradas e rodovias apoiando iniciativas organizadas que visam interagir e chamar a atenção do estado e do poder público para a implantação das medidas mitigatórias existentes e sugeridas, como a instalação de sinalização vertical (placas) em áreas de risco, redutores de velocidade e construção de passagens de fauna.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

PASSARINHANDO NA CIDADE DE CHICO MENDES (XAPURI, ACRE)

Texto e fotos: Professor Edson Guilherme – Universidade Federal do Acre

Xapuri é uma pequena cidade com pouco mais de 17.000 habitantes. Está localizada na margem direita do rio Acre, próximo da foz do rio Xapuri. É chamada pelos moradores locais de “Princesinha do Acre”. A cidade ficou conhecida mundialmente, em 1988, por ter sido palco do assassinato do líder seringueiro e ambientalista Chico Mendes. De passagem pela cidade, quando ministrava uma disciplina no Campus local da Universidade Federal do Acre (UFAC), aproveitei as horas vagas para caminhar pela cidade e seus arredores com o intuito de observar as aves da região.

Rio Acre, visa a partir da cidade
A cidade é pequena, não possui uma boa infraestrutura urbana. A falta de calçadas nos impede de caminhar pelas ruas com certa tranquilidade. Em contrapartida, os quintais são bem arborizados e em frente às casas observam-se jardins quase sempre floridos. Esta condição faz desta cidade um ambiente propício para algumas aves adaptadas a ambientes urbanos.

sanhaçu-da-amazônia
O alojamento destinado aos professores fica no próprio Campus, localizado na Rua Cel. Brandão. No pequeno quintal do Campus quase todos os dias era possível ouvir o canto ininterrupto da gralha-violácea (Cyanocorax violaceus). Também apareceu por ali o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis) e o ferreirinho-de-sobrancelha (Todirostrum chrysocrotaphum). Em um dos caibros que sustenta o teto do alojamento, ouvia-se o pio de dois filhotes do sanhaçu-da-amazônia (Tangara episcopus).

A cinquenta metros do Campus fica a “praça dos taxistas”. É uma praça antiga e com árvores centenárias. Ali, em uma figueira (Ficus trigona) abarrotada de frutos, havia um vai e vem frenético de aves a qualquer hora do dia.  Sentado por meia hora em um banco quase embaixo da figueira, observei um bando com cerca de 10 indivíduos de periquito-testinha (Brotogeris sanctithomae), dois indivíduos do cardeal-da-amazônia (Paroaria gularis); um indivíduo do sabiá-gongá-da-amazônia (Saltator azarae); um bando de pipira-vermelha (Ramphocelus carbo); dois indivíduos do sanhaçu-da-amazônia e muitos, muitos caraxués-de-bico-preto (Turdus ignobilis) se alimentando. Um dos caraxués estava construindo seu ninho (02/02/2016 às 16H33 min). A ave trouxe uma mistura de barro com raízes e fibras vegetais e com o bico arrumava as paredes do ninho em forma de tigela. Em determinado momento a ave abria as asas e pressionava o próprio peito sobre aquela espécie de “argamassa”. Acredito que esta ação sirva para dar o contorno e a profundidade correta da câmara de incubação. Além deste ninho em construção, observei nesta figueira dois outros ninhos de caraxués, sendo um ativo com a ave chocando e outro inativo (abandonado).

caraxué-de-bico-preto
Aliás, em se falando de caraxués-de-bico-preto não há dúvida de que Xapuri é a terra deles.  O caraxué-de-bico-preto é o sabiá mais comum nas áreas urbanas do estado do Acre. Porém, em Xapuri, a sua população superou minhas expectativas. Em qualquer lugar da cidade que se ande, os caraxués estão presentes. Nas árvores, nos muros, nas calçadas, nos bancos das praças, enfim para onde se olhe! Desde o primeiro raio de sol até o anoitecer é a ave que mais se escuta na cidade. O pardal (Passer domesticus) já chegou na cidade, mas ainda é um novato e passa despercebido diante dos caraxués.

Do lado esquerdo da praça dos taxistas há uma ponte sobre um pequeno igarapé afluente do rio Acre. Esta ponte está em uma rua que dá acesso a um bairro a margem direita do rio Acre e ao Departamento de Água e Esgoto (DEAS) localizado fora do perímetro urbano. A partir do DEAS há uma estrada de terra conhecida localmente como Ramal do Beleza. Em uma manhã de caminhada por este ramal (há 5 min de carro do centro) registrei cerca de 80 espécies de aves. O ramal margeia o rio Acre, corta pastagens, áreas alagadas (igapós) e floresta secundária (capoeira). Entre as espécies que observei lá, destaco a cigana (Opisthocomus hoazin) em arbustos dentro do igapó; o joão-teneném-becuá (Synallaxis gujanensis) vocalizando muito no emaranhado de capoeira na margem da estrada; o sanhaçu-de-coleira (Schistochlamys melanopis) em árvores isoladas na pastagem; duas agulhas-de-garganta-branca (Brachygalba albogularis) pousadas em um árvore na margem do ramal mexendo a cabeça sincronicamente de um lado para o outro buscando alimento (insetos) no ar.

No fim da tarde do dia 21/01/2016, fui até o Ramal Pinheiro Barreto. Este ramal fica na margem esquerda da estrada da borracha (estrada que dá acesso a Xapuri a partir da BR-317) a 5 km da entrada da cidade. O local tem fazendas dos dois lados da estrada. A vegetação do local é composta basicamente por pastagens, açudes e pequenos capões de mata, principalmente ao longo dos cursos d’água. Fiquei no local por cerca de duas horas e fui expulso por uma chuva torrencial. Ainda assim, tive a oportunidade de observar um bando de bigodinhos (Sporophila lineola) migratórios forrageando na braquiária; observei também um bando de saí-andorinha (Tersina viridis) com jovens e adultos e dois jovens aracuãs-pintado (Ortalis guttata). Pousado em uma árvore morta no meio de um açude havia um biguatinga (Anhinga anhinga) que se deixou fotografar.

Balsa atravessando o rio Acre para o bairro Sibéria
anambé-branco-de-rabo-preto
O único bairro de Xapuri que fica na margem esquerda do rio Acre se chama Sibéria. Há uma balsa do governo do estado que atravessa as pessoas e os veículos para o outro lado. É a partir do bairro Sibéria que se tem acesso à Reserva Extrativista Chico Mendes. Estive nesse bairro por algumas horas na tarde do dia 18/01/2016. A partir do Sibéria começa uma longa estrada de terra com muitas vicinais. Esta estrada é bem movimentada, com um vai e vem constante de motos e caminhonetes. Nas margens o que se vê é pasto, mas ao longe, no horizonte, dá para notar a floresta exuberante da região. Não cheguei até a entrada da RESEX, porém, em uma breve parada, observei na pastagem a minha frente um indivíduo de maracanã-guaçu (Ara severus) na entrada de um oco, em um tronco de uma majestosa castanheira. Em um oco de uma árvore seca ao lado, chegava uma fêmea de anambé-branco-de-rabo-preto (Tityra cayana) com um gafanhoto no bico para alimentar o filhote. Mais adiante, um bando de periquito-de-cabeça-suja (Aratinga weddellii) fazia sua algazarra costumeira de fim de tarde.

Apesar de minhas observações terem registrado apenas aves relativamente comuns e associadas a ambientes antrópicos, a região de Xapuri tem grande potencial para a observação de aves. Um levantamento avifaunístico feito dentro da RESEX Chico Mendes, registrou a presença de 344 espécies de aves, algumas endêmicas e outras raras como o flautim-rufo (Cnipodectes superrufus); o tucaninho-de-nariz-amarelo (Aulacorhynchus atrogularis); a maracanã-de-cabeça-azul (Primolius couloni); o limpa-folha-de-bico-virado (Syndactyla ucayalae) e o arapaçu-de-tschudi (Xiphorhynchus chunchotambo) ainda sem foto ou som no site Wikiaves (www.wikiaves.com.br).


maracanã-guaçu

periquito-testinha
paisagem da zona rural de Xapuri

Paróquia de São Sebastião - Xapuri


saí-azul (fêmea)





sábado, 23 de julho de 2016

Calendário Virtual - Parque Ecológico dos Pequizeiros

Na sequencia do calendário virtual "Vamos Passarinhar nos Parques do DF", visitamos o Parque Ecológico dos Pequizeiros, um dos maiores parques do Distrito Federal, localizado no Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina\DF. Seu nome é uma alusão aos inúmeros pequizeiros que podem ser encontrados no cerrado e cerradões do parque, cuja vegetação nativa está em ótimo estado de conservação.

Os 22 observadores, divididos em pequenos grupos, percorreram a trilha que leva a cachoeira do córrego quinze, um trajeto de cerca de 4km que passa por algumas fitofisionomias de cerrado, como o sensu stricto, campos sujo, algumas áreas de campo com solo hidromórfico (sujeito a alagamentos) e a mata ciliar do córrego.

Maracanã-do-buriti - Jorge Matos
Logo de início encontramos um banco de 3 ou 4 maracanãs-do-buriti que se alimentavam tranquilamente em um grande e carregado buriti. Ao longo do percurso, vez ou outra nos deparávamos com bandinhos mistos de várias espécies, como a saíra-amarela, saíra-de-chapéu-preto, saíra-de-papo-preto, risadinha, suiriri-cinzento, guaracava-de-topete-uniforme e outras. Nas sucupiras-pretas, algumas ainda bem floridas, observamos algumas espécies de beija-flor, como o estrelinha-ametista, o beija-flor-de-garganta-verde, o beija-flor-tesoura-verde e um bico-reto-azul, sendo este último o mais incomum deles.

O percurso completo de ida à cachoeira e
Jorge Matos
retorno, 8km, foi percorrido por boa parte dos passarinheiros. Vale dizer que para percorrer trilhas mais longas observando aves leva-se um bom tempo pois as paradas são inevitáveis. Tanto para descansar quanto para observar e fotografar as espécies encontradas pelo caminho, as paradas podem ficar mais frequentes (e às vezes mais longas) de acordo com a movimentação das aves. Assim, sobrou animação e muita disposição para turma! No meu caso, algumas dores musculares também!

Confira a lista das 60 espécies de aves registradas.


tucanuçú - Paulo Lahr


Leninha Cadas


sucupira-preta - Leninha Caldas


Jorge Matos

Rodrigo D'Alessandro


Rodrigo D'Alessandro


Jorge Matos

sábado, 25 de junho de 2016

Placas informativas de aves da SQN 214 - Brasília\DF

A quadra SQN 214 Norte (Brasília-DF) ganhou mais um atrativo para os que gostam de passar algum tempo contemplando seus jardins e áreas arborizadas. Placas informativas com fotos e informações sobre aves e pássaros que podem ser observadas nas cercanias foram afixadas em diversos pontos da quadra. Ao todo são 24 placas, cada uma ilustrando uma ave. Coloridas e bem chamativas, tem por objetivo despertar na comunidade a curiosidade e o interesse pelas inúmeras espécies de aves que ali habitam, ou transitam, e que muitas vezes passam despercebidas ou são pouco conhecidas.

O projeto, capitaneado por Ricardo Teixeira e pela ornitóloga Renata Alquezar, moradores da quadra, teve o apoio da Leroy Merlin para a confecção das placas informativas. As fotos de aves utilizadas foram cedidas pelos membros do Observaves.

A inauguração e fixação das placas informativas foi realizada em 18/06, cujo encontro contou com participação dos organizadores e apoiadores do projeto, moradores, representantes da Leroy Merlin e do Observaves.

Atividade para pais e crianças

Durante a fixação das placas fiquei imaginando como poderia ser divertido para as crianças procurar e descobrir onde cada placa foi afixada. Uma vez que foram espalhadas em diversos pontos da quadra, a busca proporciona desafio, descobertas e um belo passatempo para pais e filhos. Saber o que vai procurar é importante, por isso listo abaixo as espécies documentadas em cada placa. Boa diversão!!!

Corruira
Bem te vi
Tico-tico
Curicaca
Coruja-buraqueira
João-de-barro
Alma-de-gato
Anu-branco
Anu-preto
Periquito-de-encontro-amarelo
Quero-quero
Soldadinho
Carcará
Tucanuçu
Mãe-da-lua
Balança-rabo-de mascara
Fogo-apagou
Rolinha-roxa
Sabiá-do-campo
Beija-flor-tesoura
Canário-da-terra
Sabiá-laranjeira
Suiriri-cavaleiro
Sabiá-barranco

Fotos: Leninha Caldas


sábado, 4 de junho de 2016

Calendário Virtual 2016 - Estação Ecológica de Águas Emendadas - ESEC-AE

concentração - Jorge Matos
No domingo, dia 29 de maio de 2016 foi realizado o quarto encontro do grupo Observaves em parceria com o Ibram. Desta vez, o ponto de encontro dos observadores de aves foi no Posto Itiquira, em Planaltina. Antes do sol raiar, às 6 da manhã, partimos para o Centro de Informações e Educação Ambiental na Estação Ecológica de Águas Emendadas (ESEC-AE), todos guiados pela Kombi do Ibram.

Lá chegando, para evitar que muitos carros fossem a beira da Lagoa, alguns carros ficaram no Centro de informações e a turma seguiu na Kombi e em outros carros maiores. Na beira da Lagoa
Esec-AE com Lagoa Bonita ao fundo - Rodrigo Conte
foram dadas instruções básicas das normas da estação e algumas sugestões de roteiros foram propostas, como a trilha dos Tanques, a Praia, o estrada do Ribeirão Mestre D’armas, a Matinha e os Buritis ao Norte.

Assim, o grupo de 35 fotógrafos, todos repletos de equipamentos fotográficos e roupas camufladas, partiu com os olhos sempre voltados para o céu em busca das admiradas aves. Em pouco tempo, todos já estavam nas trilhas registrando tudo. Era um dia ensolarado e com pouco vento, a Lagoa Bonita estava duas vezes
Lagoa Bonita - Zezé Botelho
mais bonita por causa do reflexo dos inúmeros buritis a margem da Lagoa e ao fundo o profundo céu azul de Brasília. Tudo perfeito e lindo e cheio de vida, capivaras, patos, quero-queros, papagaios e o arisco limpa-folha-do-buriti logo deram as boas vindas ao grupo com suas cores e barulhos.

No início era difícil escolher para onde ir, eu acabei ficando na base para servir de apoio aos colegas e eu havia levado minha esposa e meu filho, o jovem Eduardo de apenas 5 meses, o mais novo passarinheiro do grupo. Nesta passarinhada, eu finalmente vi, ouvi e fotografei o limpa-folha-do-buriti, foi bem legal. A ave mede cerca de 20cm, é castanha brilhante nas costas, o ventre riscadinho de preto e branco e de bico relativamente longo. A espécie faz jus ao nome, está sempre procurando alimento entre as folhas da palmeira, muitas vezes de cabeça para baixo, parece realmente estar limpando as folhas do buriti. Voa de folha em folha e depois muda rapidamente de buriti, não ficando parado. Para apenas para cantar, quando emite seu
limpa-folha-do-buriti - Marcus Paredes
canto forte, de notas curtas e repetidas, levemente ascendente, os especialistas sabem quando é o macho ou a fêmea que esta vocalizando, a fêmea parece ter um timbre mais alto.

Mas não foi só o limpa-folha-do-buriti que deu show. O colega João Bosco, com a ajuda de todos, elaborou uma lista preliminar com mais de 70* espécies diferentes de aves vistas naquela manhã, entre elas duas exclusivas do Cerrado, gralha-do-campo e bico-de-pimenta. Além das aves, foram avistadas quatro espécies de mamíferos (capivara, mico-estrela, saruê e o raro furão).

freirinha - Marcus Paredes
Também foram registradas as paisagens deslumbrantes, além das muitas flores e insetos, e por falar em insetos, o temido carrapato (mesmo não sendo um inseto, pois é um aracnídeo parente das aranhas) não foi um problema grave como previsto por muitos colegas mais experientes.

Ao final da manhã, todos exaustos com tanta beleza e muitos clicks, trocamos os relatos do que vimos e deixamos de ver, brincamos e lanchamos juntos, uma celebração para um dia lindo na beira da Lagoa Bonita na Estação Ecológica Águas Emendadas. Depois, conforme combinado, cada observador ficou de enviar ao Ibram dez das suas melhores fotos, para que o instituto possa utilizar esse tesouro fotográfico em ações voltadas para educação ambiental.
papagaio-verdadeiro - Guilherme Carrano

Obrigado a todos que ajudaram!

Texto: Marcus Paredes

* Nota:  A lista de registros preliminar foi consolidada e ampliada atingindo 102 espécies, conforme listagem abaixo:

1 Andorinha-doméstica-grande
2 Andorinhão-do-buriti
3 Andorinha-pequena-de-casa
4 Anu-preto
5 Arapaçu-grande
6 Arara-caninde
7 Ariramba-de-cauda-ruiva
8 Asa-branca
arara-canindé - Zezé Botelho
9 Balança-rabo-de-máscara
10 Beija-flor-de-bico-curvo
11 Beija-flor-de-garganta-verde
12 Beija-flor-de-orelha-violeta
13 Beija-flor-tesoura
14 Beija-flor-tesoura-verde
15 Bem-te-vi
16 Besourinho-de-bico-vermelho
17 Bico-de-pimenta (*)
18 Biguá
19 Caneleiro-preto
20 Carcará
21 Chifre-de-ouro
22 Choca-de-asa-vermelha
23 Chorão
gralha-do-campo - Guilherme Carrano
24 Choró-boi
25 Codorna
26 Coleiro-do-brejo
27 Coró-coro
28 Corruíra
29 Coruja buraqueira
30 Curicaca
31 Currutie
32 Ferreirinho-relógio
33 figuinha-de-rabo-castanho
34 Fogo-apagou
35 Freirinha
36 Galinha-d’água
37 Garça-branca-grande
38 Garça-branca-pequena
39 Garça-moura
40 Garrinchão-pai-avô
Lagoa Bonita - Jorge Matos
41 Gavião-caboclo
42 Gavião-carijó
43 Gavião-carrapateiro
44 Gavião-peneira
45 Gralha-do-campo (*)
46 Graveteiro
47 Guaracava-de-topete-uniforme
48 Jaçanã
49 João-bobo
50 João-de-barro
51 João-de-pau
52 Lavadeira-de-cara-branca
53 Limpa-folha-do-buriti
54 Maracanã-do-buriti
55 Maracanã-nobre
56 Marreca-ananaí
chorozinho-de-bico-comprido - Zezé Botelho
57 Marreca-cabocla
58 Martim-pescador-grande
59 Narceja
60 Papagaio-verdadeiro
61 Pardal
62 Pássaro-preto, graúna
63 Patativa-chorona
64 Pato-do-mato
65 Periquitão maracanã
66 Periquito-de-encontro-amarelo
67 Periquito-estrela
68 Pernilongo-de-costas-brancas
69 Petrim
70 Pica-pau-anão-escamado
71 Pica-pau-branco
72 Pica-pau-de-banda-branca
limpa-folha-do-buriti - Carlos Goulart
73 Pica-pau-de-topete-vermelho
74 Pica-pau-do-campo
75 Pipira-preta
76 Pitiguari
77 Pomba-galega
78 Quero-quero
79 Rolinha-roxa
80 Sabiá-barranco
81 Sabiá-do-campo
82 Saí-canário
83 Saíra-amarela
84 Sanã-carijó
85 Sanhaçu-de-coleira
fotografos em ação - Jorge Matos
86 Sanhaçu-do-coqueiro
87 Saracura-três-potes
88 Sebinho
89 Sebinho-olho-de-ouro
90 Seriema
91 Siriri
92 Siriri-cinzento
93 Socozinho
94 Suiriri-cavaleiro
95 Tapicuru-de-cara-pelada
96 Tesourinha
97 Tico-tico-rei-cinza
98 Tie-preto
99 Tiziu
100 Tuim
101 Urubu-de-cabeça-preta
102  Garrinchão-de-barriga-vermelha

furão - Zezé Botelho
pica-pau-de-cabeça-vermelha - Jorge Matos

pica-pau-anão-escamado - Arthur Goulart

Trilha dos Tanques - Jorge Matos




domingo, 8 de maio de 2016

Passarinhando em Brasília - Besourinho-de-bico-vermelho

Carlos e Arthur Goulart, pai e filho, apresentam de maneira original e espontânea suas aventuras em busca das mais diversas aves que habitam os parques e áreas verdes de Brasília. O resultado são belíssimas fotos e imagens, além da oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o mundo da Observação de Aves em seus diversos aspectos.

O Cerrado possui diversas fito-fisionomias, como os campos limpos, sujos e rupestres, as matas de ciliares e de galeria, os cerradões, enfim, uma flora abundante e bem diversificada que se traduz flores e frutos em todas as épocas do ano. Para os observadores de aves, aves floridas ou em frutificação são um prato cheio, pois normalmente atraem uma avifauna bem diversificada, além de outros animais como mamíferos, répteis e outros.

Entre maio e setembro, florescem as sucupiras-pretas (Bowdichia virgilioides). Como são melíferas, atraem uma grande quantidade de abelhas e também beija-flores. Nesse episódio, Carlos e Arthur encontram algumas sucupiras-pretas em plena floração sendo visitadas por diversas espécies de beija-flores, como o estrelinha-ametista (Calliphlox amethystina), topetinho-vermelho (Lophornis magnificus), beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris), beija-flor-de-garganta-verde (Amazilia fimbriata) e o besourinho de bico-vermelho (Chlorostilbon lucidus).


quinta-feira, 28 de abril de 2016

Passarinhando em Brasília - Tico-tico-de-mascara-negra no Altiplano Leste

Carlos e Arthur Goulart, pai e filho, apresentam de maneira original e espontânea suas aventuras em busca das mais diversas aves que habitam os parques e áreas verdes de Brasília. O resultado são belíssimas fotos e imagens, além da oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o mundo da Observação de Aves em seus diversos aspectos.

Nesse episódio, o quinto da série, Carlos e Arthur visitam o Altiplano Leste, uma grande área cuja vegetação predominante são os campos sujos (campos limpos em algumas áreas) e fragmentos de matas de galeria nos encaixes de terrenos com grande inclinação e morros. Nesse grande mosaico, aves típicas das fisionomias de campo citadas ainda podem ser vistas com relativa facilidade, como o campainha-azul e o tapaculo-de-colarinho, ambos registrados no vídeo. A surpresa foi o tico-tico-de-máscara-negra (Coryphaspiza melanotis), uma espécie que já é rara no DF e considerada ameaçada na lista vermelha do IUCN devido a supressão da vegetação natural dos ambientes onde vive.




segunda-feira, 25 de abril de 2016

Calendário Virtual 2016 - Pq. Dom Bosco - 24/04/2016


O calendário virtual 2016 de observação de aves do Observaves chegou à sua terceira etapa nesse domingo, 24 de Abril.  Com um grupo excepcional de 31 participantes, alguns em seu primeiro contato com a atividade e com o Observaves (o que nos deixou bastante motivados), visitamos o Pq. Ecológico Dom Bosco, conhecido popularmente como Ermida Dom Bosco, localizado às margens do Lago Paranoá, na QL 30 do Lago Sul, Brasília-DF.

Iniciamos o percurso pela parte "alta" do parque, considerando a boa inclinação do terreno até a margem do lago, onde observamos vários indivíduos da espécie guaracava-de-topete-uniforme, choca-de-asa-vermelha e em menor quantidade, o tico-tico-rei. Ainda na parte alta, conseguimos observar o sebinho-de-olho-de-ouro, um dos atrativos e que nem sempre aparece para os observadores. Já próximo a margem do lago, na área gramada próxima ao deck, registramos um casal de quiriquiri, que nos pareceu bem acostumado com a movimentação dos banhistas nas proximidades.

A lista completa das aves registradas pode ser acessada aqui.

Confira o álbum de fotos dessa passarinhada no facebook do Observaves.

quiriquiri - Paulo Lahr

quiriquiri - Rogério de Castro

choca-de-asa-vermelha - Paulo Lahr

sebinho-de-olho-de-ouro - Gabriel Matos



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